domingo, 24 de janeiro de 2010

RECOZIMENTO



Na joalheria os metais são submetidos às mais diversas formas de deformação plástica (torção, laminação, trefilação, forja, etc.). Esses processos metalúrgicos fazem com que as moléculas dos metais se comprimam tornando-os cada vez mais duros, acontece que essa deformação tem um limite que se for ultrapassado pode provocar trincas e até mesmo fazer com que o metal se parta, obrigando o ourives a reiniciar todo o processo.

Para evitar que isto aconteça é preciso que o metal passe por um tratamento térmico conhecido como RECOZIMENTO. Esse processo consiste no aquecimento dos metais até uma determinada temperatura que possibilite que suas moléculas se reagrupem tornando-os maleáveis novamente.

O bom recozimento dever ser feito com cuidado e sem pressa para que se obtenha resultados satisfatórios. Na joalheria artesanal o ponto ideal depende da sensibilidade do profissional e só é conseguido com a prática.




A qualidade das chapas e arames está diretamente ligada a qualidade do recozimento. Costumo dizer que a hora certa para fazê-lo é exatamente quando ficamos na dúvida se dá pra laminar mais uma vez
ou não!

Lembre-se:

-Dá menos trabalho recozer que tentar evitar que uma trinca aumente de tamanho.


-A falta de recozimento é problema, nunca o excesso.

-Depois que a peça rachar a melhor solução é derreter e começar tudo novamente.

-Querer consertar trincas e furos com soldas ou limando para nivelar a superfície normalmente resulta em jóias de má qualidade.

Wanderley Suguino.





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