Na joalheria os metais são submetidos às mais diversas formas de deformação plástica (torção, laminação, trefilação, forja, etc.). Esses processos metalúrgicos fazem com que as moléculas dos metais se comprimam tornando-os cada vez mais duros, acontece que essa deformação tem um limite que se for ultrapassado pode provocar trincas e até mesmo fazer com que o metal se parta, obrigando o ourives a reiniciar todo o processo.
Para evitar que isto aconteça é preciso que o metal passe por um tratamento térmico conhecido como RECOZIMENTO. Esse processo consiste no aquecimento dos metais até uma determinada temperatura que possibilite que suas moléculas se reagrupem tornando-os maleáveis novamente.
O bom recozimento dever ser feito com cuidado e sem pressa para que se obtenha resultados satisfatórios. Na joalheria artesanal o ponto ideal depende da sensibilidade do profissional e só é conseguido com a prática.
A qualidade das chapas e arames está diretamente ligada a qualidade do recozimento. Costumo dizer que a hora certa para fazê-lo é exatamente quando ficamos na dúvida se dá pra laminar mais uma vez ou não!
Lembre-se:
-Dá menos trabalho recozer que tentar evitar que uma trinca aumente de tamanho.
-A falta de recozimento é problema, nunca o excesso.
-Depois que a peça rachar a melhor solução é derreter e começar tudo novamente.
-Querer consertar trincas e furos com soldas ou limando para nivelar a superfície normalmente resulta em jóias de má qualidade.
Wanderley Suguino.
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